20 de março de 2012

Crítica | Dorothy Mills

Há um tempo que quero falar sobre esse filme aqui, só me faltou oportunidade. Que sou fã DEMAIS de filmes de terror, é fato, NO ENTANTO, Dorothy Mills (que, aliás, não é nada famoso), é um dos pouquíssimos filmes que eu vi até hoje que realmente conseguem misturar o gênero horror ao drama. 
A história é sobre Dorothy, uma menina tratada por uma psiquiatra que crê que ela possui um sério distúrbio de personalidades. A jovem, interpretada pela (ainda não tão famosa e) linda Jenn Murray é fantástica. Dentro de seu corpo, existem pelo menos quatro outras identidades que se manifestam enquanto Dorothy dorme. Um jovem emotivo, uma menina de três anos, uma adolescente rebelde e provocante e um mau encarado (que é muito forte, por sinal). 

Quando a psiquiatra - única famosa do filme, Carice Van Houten, que agora está em Game of Thrones - vai para a ilha afastada da civilização investigar o caso, percebe que toda a colônia, já que não dá para chamar o lugar de cidade, mantém em segredo o que realmente acontece com Dorothy. A tagline do filme, "Evil chose her", explica bem: as identidades são espíritos das pessoas que moravam lá, e se apossam do corpo de Dorothy, causando situações pelas quais ela é culpada depois. 

Ok, você deve pensar "e o que torna o filme tão diferente dos outros?" 1 - a atriz. GENTE, Jenn tem 24 anos, e interpreta cinco pessoas diferentes, com feições diferentes, atitudes diferentes, e, se não fosse pelo contexto, mal seria possível perceber que é a mesma atriz. HAJA fôlego. 2 - o roteiro é brilhante, você sente, juntamente com a psiquiatra, a dor, a angústia e, ao mesmo tempo, o medo de tudo ao redor de uma menininha "inocente". 3 - A forma como tudo se encaixa perfeitamente em um desfecho que nos deixa de boca aberta. Gosto de filme assim, que tem explicação, que esclarece tudo e nos deixa satisfeitos por não sentirmos que perdemos quase duas horas de nossas vidas assistindo a algo. 
Gosto: mostrar como a Jenn é realmente
 
O filme é irlandês, embora dirigido pela francesa Àgnes Merlet. Aliás, Àgnes não apenas dirigiu como escreveu o filme. Uma pena não se dedicar mais ao cinema, pois demonstrou um brilhantismo raro no gênero atual. Lançado no Brasil em maio de 2011, direto para dvd, é uma prova de como o filme é desvalorizado. Poucas informações sobre ele são encontradas e é muito mais fácil adquiri-lo na internet (SORRY, S.O.P.A.), que em locadoras. O filme foi lançado originalmente em 2008. 

Nenhum comentário: