11 de março de 2012

Especial | O Iluminado (Stanley Kubrick)

“Heeeeeere’s Johnny!!!” – Essa, junto com muitas outras, é uma das frases que marcaram o que é uma das maiores obras de carreira de Stanley Kubrick. The Shining (O Iluminado em português) conta a história de um escritor fracassado, Jack Torrance (Jack Nicholson) que acaba enlouquecendo e tenta matar sua família ao passar o inverno como vigilante em um hotel isolado.


O longa de 119 minutos tem o roteiro adaptado do livro, de mesmo nome, do aclamado Stephen King, o qual se sentiu imensamente insatisfeito com a reprodução cinematográfica. “O filme é como um Cadillac sem o motor, você entra, sente o cheiro do couro, mas não pode ir com o carro a parte alguma”, disse King.

Por mais incrível que pareça, a crítica de Stephen King não foi a única, pois Shelley Duvall (Wendy) foi indicada ao Premio Framboesa como Pior Atriz, junto com Kubrick, o qual recebeu indicação para Pior Diretor. Confesso que, em minha opinião, se a votação para o prêmio de Pior Diretor fosse feita pelo elenco, Kubrick levaria a nominação, não pelo mal trabalho, seu talento é inquestionável, assim como sua persistência e seu temperamento.

A insistência de Kubrick era tanta que os atores tinham de interver, o perfeccionismo (muitas vezes duvidoso) exigido pelo diretor era absurdo. Como consta no livro, “O Clube do Filme”, David Gilmour, crítico de cinema, afirma que Stanley refez a cena em que Jack Nicholson persegue Scatman Crothers com um machado, quarenta vezes. “... vendo que Crothers, que já tinha 70 anos, estava exausto, Nicholson disse a Kubrick que já tinham tomadas suficientes – ele não a faria de novo”, relata Gilmour. Sem falar na famosa cena em que Jack persegue sua esposa com uma faca, essa foi feita 58 vezes.

The Shining é claustrofóbico, assustador. Nicholson estreia de maneira impactante ao dar vida ao escritor psicótico, loucura é seu forte. Loucura é o forte do filme como um todo. O conjunto de cenas perturbadoras e que mexem com os neurônios, formam uma coleção de obras primas. Com um lugar considerável na lista de Melhores Filmes de Terror, O Iluminado de 1980, é hoje tomado como clássico. Apesar do número infinito de críticas negativas, o topo do índice de elogios está parelho com o topo das reclamações, se já não o ultrapassou.


Um comentário:

Anônimo disse...

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