25 de março de 2012

Especial | Quentin Tarantino


Nessa terça-feira, dia 27 de março, um dos grandes heróis do cinema atual, o premiado ator, roteirista e diretor Quentin Jerome Tarantino, completa 49 anos. Nesse quase meio século de vida, Tarantino já se impôs como um dos maiores nomes do cinema de todos os tempos. Talvez o maior da nova geração.

Para começar sua carreira nos bastidores das telonas, um Tarantino jovem, desconhecido e sem muita “base financeira”, vendeu os direitos para produção de dois roteiros seus, “True Romance” (Amor à Queima Roupa) e “Natural Born Killers” (Assassinos por Natureza). Ambos se tornaram sucessos de Hollywood. Com esses dois, Quentin saiu do anonimato, começou a buscar investimentos e, quando a oportunidade surgiu, dirigiu um roteiro que ele ainda guardava para si. Assim, em 1992, o mundo conheceu “Reservoir Dogs” (Cães de Aluguel). O filme é genial e definiu o estilo dos que o seguiriam. Diálogos rápidos, não-lineares e memoráveis (muitos deles coloquiais e sem ligação com a trama), referências à cultura pop, cronologia fragmentada, humor negro, verborragia, muita violência, sangue jorrando, uma trama genial e muitos closes nos pés femininos (Tarantino já disse ser um “podólatra assumido e inveterado”). Sua técnica na direção mistura as inovações de mestres como Kurosawa e Kubrick (homenageado no nosso último Especial), criando algo totalmente novo, que Tarantino teve os colhões para produzir e passou a influenciar muitos novos diretores.Depois de “Cães de Aluguel”, Tarantino dirigiu o filme que é considerado por muitos sua obra-prima, “Pulp Fiction” (1994). Sua última criação foi o excelente “Inglorious Basterds” (Bastardos Inglórios), em 2009, e já estão programadas mais duas produções, o faroeste “Django Unchained”, para 2012, e um terceiro volume para a série “Kill Bill”, para 2014. Existe uma teoria que circula nas rodas de fãs, de que os filmes de Tarantino possuem certa “continuidade”. Supostamente, no fundo da imaginação do diretor, todos os filmes estão interligados. Mas, como a teoria pode até ser grande o suficiente para render um post, eu deixo para vocês um link com maiores explicações: (Tarantino’s Mind, com Selton Mello e Seu Jorge. Uma cena gravado no mais puro estilo Tarantinesco. Vale a pena ver). Dizem que o cinema da década de 90 pode ser dividido em pré-Tarantino e pós-Tarantino. Ouso ir mais longe. Tarantino marcou uma era. Não só a década de 90 foi afetada pelo surgimento de tal gênio, mas toda a história do cinema. Depois de Quentin Tarantino, as telonas nunca mais puderam ser vistas com os mesmos olhos.Porque, como eu já disse em algum lugar por aí, sangue nunca é demais e doses extras de psicose são sempre bem vindas.

2 comentários:

Matheus Lara disse...

ESPECIAL SOBRE O TARANTINO! HELL YEA!

O "algum lugar por aí" ao que o que o autor se refere, caros leitores e nobres comentaristas, é o blog deste que comenta, mais precisamente o conto "Velhos amores nunca morrem", disponível em http://matheuslara.blogspot.com.br/2011/06/velhos-amores-nunca-morrem.html.

À equipe do blog:
SUGESTÃO DE ESPECIAL: DARREN ARONOFSKY E GASPAR NOE

Rubens Anater disse...

"Velhos amores nunca morrem" e os outros contos do blog aí me lembram o metodo Tarantino de escrever. Por isso a referência.
Aconselho a leitura