10 de março de 2012

Especial | Stanley Kubrick

 Há 13 anos atrás, no dia 7 de março, os fãs do cinema perderam um dos maiores nomes do cinema. Dizer que  toda a carreira de um diretor, produtor, roteirista e cinegrafista é raro no que diz respeito ao mundo dos longas. É fácil deslizar. No entanto, no que se trata de Kubrick, que produziu vários filmes listados entre os clássicos que inspiram os filmes produzidos até hoje, o diretor é digno de destaque para o especial do blog nesse final de semana.

Nascido em 6 de junho de 1928, a paixão do cineasta começou com a fotografia, pela câmera do pai, que ganhou aos 13 anos. O cinema veio a inspirar-lhe quando tinha vinte anos e passou a frequentar as exibições no Museum of Modern Art e outros de Nova York. Em 1951, com a produção de seu primeiro documentário notável, Day of Fight, o diretor já começou a marcar traços de sua produção, como o uso do travelling reverso (movimento em que a câmera se move em panorâmica para gerar efeitos de imagem).

Fear and Desire (1953), primeiro longa escrito por um amigo, do qual participou, foi um desastre. Killer's Kiss, de 55, já mostrou a alguns críticos o potencial do jovem, mas foi com Killing (1956), primeiro filme com produção e elenco profissionais de Kubrick que seu nome foi levado ao topo dos nomes do cinema. O filme conta com uma narrativa não linear, formato que inspirou diretores em muitos filmes até hoje. Sua boa relação com os atores com os quais trabalhava, sua habilidade (vinda da experiência fotográfica) para o manuseio das técnicas de câmera, foram técnicas que renovaram a forma de ver o cinema.

Lolita (1962) é uma prova do perfeccionismo do cineasta já visível perante o cenário da época. Ao se mudar para Inglaterra, Kubrick levou mais de um ano para encontrar a personagem que atuaria na adaptação do livro com o mesmo nome, que se trata de uma história em que um professor se torna obcecado por uma de suas alunas. De acordo com certos críticos, foi o marco entre o naturalismo e o surrealismo de seus filmes posteriores.

2001: space odssey (1968) levou cinco anos para que o diretor adquirisse o resultado que queria: a música exerceu um trabalho maior que o dos filmes produzidos até então, o filme tratava, muitos anos atrás, sobre uma ficção científica futurista criativa e inovadora.

Deixando de lado técnicas cinematográficas que debateremos ao longo deste final de semana, observamos que Kubrick teve então uma série de clássicos sendo produzida: A Clockword Orange (1971), Barry Lindon (1975), The Shinning (1980), Full Metal Jacket (1987) e Eyes Wide Shut (1999). Logo depois da edição de  Eyes Wide Shut, o diretor faleceu.

No entanto, o que permaneceu foi a sua maneira diferenciada e criativa de transmitir ao expectador um novo olhar sobre o cinema a partir do cenário, as boas atuações, devido às boas relações dentro dos estúdios, pelo diretor que procurava se relacionar da melhor forma com a equipe, as técnicas de filmagem que inspiram os diretores até hoje, o bom uso da trilha sonora e seu legado que será sempre colocado como clássico dentro do cinema, mesmo que, em um ponto de vista parcial e crítico, só tenha recebido um Oscar, por melhores efeitos especiais.

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