5 de outubro de 2012

Crítica | V/H/S

Todo mundo sabe que filme de found footage (aqueles "amadores", tipo Bruxa de Blair) é TOO MAINSTREAM, principalmente para fãs de terror. Mas sempre tem alguém que quebra o tabu, certo? Pois bem, conseguiram. O filme V/H/S (para quem não nasceu before the 1990's, existiam fitas, não dvds modernos como vocês assistem hoje, ok crianças?) trata-se de cinco curtas em um filme, o que torna este post uma crítica... exótica (acho). 

O filme foi idealizado pelo chefe da agência de notícias de filmes de terror Blood Disgusting, Brad Miskaque, que reuniu cinco roteiristas independentes para o projeto. A proposta inicial é diferenciada por conta da união de mentes com estilos diferentes em apenas um filme, sem misturar suas produções, permitindo que o longa não fosse apenas um clichê como a grande maioria pós 2008. 

Em uma explicação simples, o enredo principal mostra um grupo de vândalos que divulgam gravações com seus atos agressivos na internet que é contratado por um anônimo para entrar em uma casa e encontrar uma fita VHS. Quando eles chegam na casa, se separam para buscar a tal fita, e, lógico, encontram um cara morto e várias fitas diferentes. Para descobrirem qual é a fita, eles resolvem assisti-las.

Encontramos então as produções individuais. Como eu disse, não é uma tarefa fácil comentar cinco produções. Ao mesmo tempo, é muito curioso perceber como fica clara a visão de cada diretor sobre os possíveis usos da mesma técnica (o found footage). Que fique explicado: serem diferentes não significa que todos sejam bons (risos irônicos). 

Os cenários variam entre baladas, hotéis, casas abandonadas, florestas, assim como a "qualidade" das gravações, suas circunstâncias, iluminação, fotografia, roteiro, produção e tudo-mais-que-a-gente-sempre-comenta-sobre-um-filme. 

Destacando dois vídeos que permitem uma certa noção sobre a diferença entre os curtas, cito, primeiramente, Tuesday, the 17th, o terceiro curta. Um grupo de amigos viaja para uma floresta a fim de acampar, e uma das meninas conta a história de um assassino que habitava o local (ele ocupou Tuesday porque Friday é só do Jason, e ninguém brinca com o Jason). Um dos amigos, que gosta de filmar tudo, encontra então uma outra pessoa. O problema é que o VHS mostra apenas a imagem do que foi filmado, e é aí que está a sacada, quando surge, o homem tem toda sua silhueta borrada, como um canal fora do ar. Sem mais spoilers

O último, é criado com um formato bem diferenciado (que já estará presente em Atividade Paranormal 4, e foi um dos primeiros virais do filme). O filme mostra apenas as conversas de um casal que namora a distância na tela de um computador (bem MSN mesmo, a sua janelinha menor e a tela da pessoa com quem você está conversando cheia). Conforme os dois conversam, a mulher crê que há algum espírito em sua casa, que dá passos, faz barulhos, fecha portas, e por aí vai. Fiquei DE FACE NO CHÃO quando vi o final. Tive até um pequeno AVC e tive que voltar o filme para confirmar, tipo "PODE ISSO, PRODUÇÃO?).

Como os formatos são diferentes, o que mais atrai em V/H/S é a possibilidade de observar rapidamente filmes que, se transformados em longas, se tornariam MUITO enfadonhos (sabe aqueles filmes que precisam de um elenco grande para bastante gente morrer até conseguirem lutar com o assassino?). Fica a dica dessa quase sexta feira, para você assistir antes de ir badalar no final de semana (ou ficar em casa vendo o filme e comendo pipoca, não sei seu nível de vida social, caro leitor, grato). 

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